segunda-feira, 12 de março de 2012

Influências da Escola de Frankfurt no nazismo

A Escola de Frankfurt foi fundada em 1921 por um empresário judeu-alemão e foi anexada a Universidade de Frankfurt. Tinha a intenção de ser um tipo de usina de ideias dedicado a trabalhos em problemas de labor, socialismo e Marxismo. Entretanto, o Marxismo da escola não era de nenhuma forma tradicional.

O marxismo da Escola de Frankfurt era chamada de critica, e por dois motivos. A primeira era que ela não aderia às noções tradicionais de determinismo político e econômico, pelo contrário, adotou uma visão mais complexa dos problemas econômicos. O segundo, era profundamente critico do capitalismo moderno e cultura consumista. Foi fortemente influenciada pelas escritas de Marx, textos que foram naquela época se tornando mais lidos entre estudantes e intelectuais.

Max Horkheimer se converteu no diretor do instituto em 1930. Seu órgão de publicação foi a Revista de Investigação Social, inicialmente editada em Leipzig e, posteriormente, com o auge do regime nazista em Paris. A Escola reuniu marxistas dissidentes, severos críticos do capitalismo que acreditavam que alguns dos denominados seguidores das ideias de Karl Marx só utilizavam uma pequena porção das ideias dele, geralmente em defesa dos partidos comunistas mais ortodoxos. Influenciados também pelo surgimento do nazismo em uma nação tecnológica, cultural e economicamente avançada como a Alemanha e o fracasso das revoluções trabalhistas na Europa Ocidental, especialmente depois da Segunda Guerra Mundial, que tomaram como tarefa encontrar as partes do pensamento marxista que pudessem servir para clarificar condições sociais que Marx não pôde ter visto ou predito.

Mesmo em meio a essa admiração pelo marxismo, Horkheimer vê sua fé nas teorias marxistas abalar-se devido a dois momentos históricos cruciais: a ascensão do nazismo na Alemanha e a implantação do socialismo real nos países do leste europeu. Com lucidez, o filósofo pondera que ambos os regimes representam formas totalitárias que privilegiam a lógica instrumental em detrimento de uma verdadeira emancipação humana à medida que sufocam a liberdade individual. Não obstante tais fatos, Horkheimer não abre mão da Teoria Crítica, advogando sua necessidade como instrumento emancipatório.

Instituto para Pesquisa Social de Frankfurt





Bibliografia:


http://atheism.about.com/library/glossary/general/bldef_frankfurtschool.htm
http://www.sepq.org.br/IIsipeq/anais/pdf/gt4/05.pdf
http://www.ukapologetics.net/truthaboutnietzsche.html
http://es.wikipedia.org/wiki/Escuela_de_Fr%C3%A1ncfort

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