A prática de se fazer programas políticos se tornou comum na década de 30 na Alemanha, por conta de Joseph Goebbels que era o ministro da propaganda no governo nazista. Hitler tinha objetivo constante de fazer uma propaganda popular que atingisse as massas e que fosse repetitiva, a propaganda nazista tinha como pretensão afetar o emocional dessas grandes massas, gerando uma concepção apaixonada sobre a mensagem emitida. Com esta propaganda, queriam garantir que a mensagem nazista fosse
transmitida com sucesso através da arte, da música, do teatro, de
filmes, livros, estações de rádio, materiais escolares e imprensa. O cartaz de propaganda nazista ao lado, está encorajando os alemães saudáveis a
constituírem grandes famílias. A legenda, em alemão, diz: "Pais
saudáveis têm filhos saudáveis."
Em 1933, quando Hitler conquistou o poder na
Alemanha, Goebbels priorizou a utilização do rádio, assumindo o controle do conteúdo e
o comando da própria indústria de receptores. Como resultado da estratégia,
Alberto Dines busca um dado estatístico provável do número de ouvintes em todos
os países europeus atingidos por transmissões em língua alemã, citado por
Gordon A. Os quatro milhões de ouvintes em 1933 saltaram em apenas um ano
para 29 milhões e para 97 milhões em 1939, quando começou a Segunda Guerra
Mundial. O alinhamento da imprensa alemã com o nazismo se dá em 1929,
quando Hugenberg se une a Hitler. “A abrangência que os nazistas obtiveram ao
se aliarem à gigantesca organização de comunicação permitiu que eles
difundissem suas idéias em grande escala através dos meios impressos”.
Nos doze anos de nazismo, foram produzidos mais de 1300 filmes, de comédias, musicais a filmes de guerra e documentários que exaltavam o racismo e a xenofobia. Na foto ao lado, a propaganda nazista mostra a amizade entre uma mulher "Ariana" e uma negra, que como o título diz: "O resultado! A perda do orgulho racial.". Os primeiros longas tiveram temas ideológicos com o objetivo de ressaltar a militância partidária. Nos temas de guerra, o cinema nazista vangloriava o heroísmo do regime e a brutalidade do inimigo, que eram principalmente os ingleses e os russos. Os ingleses eram apresentados como fracos e ridículos, já os russos eram brutos e alcoólicos. Os filmes nazistas também retratavam os judeus como seres "sub-humanos" que se
infiltraram na sociedade ariana; por exemplo, o filme de 1940,
“O Eterno”, dirigido por Fritz Hippler, que retratava os judeus como
parasitas culturais ambulantes, consumidos pelo sexo e pelo amor ao
dinheiro. Alguns filmes, como “O Triunfo da Vontade”, de 1935, de Leni
Riefenstahl, exaltava Hitler e o movimento Nacional Socialista. Duas
outras obras de Leni, “O Festival das Nações” e “Festa da Beleza”
(1938), mostraram os Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, promovendo o
orgulho nacional com o sucesso do regime nazista naqueles Jogos.
Na música, o
regime nazista proibiu certos estilos de música, como o jazz, mas, sobretudo
excluiu os músicos judeus, a partir da década de 1930, que tinham um importante papel na vida musical da Alemanha. A principal vítima da ideologia
nazista foi a chamada música de vanguarda. Extirparam a música experimental,
pois esta não se prestava à mobilização das massas. Para conquistar o apoio
popular, a ideologia nazista privilegiou os coros masculinos e as grandes
óperas de Wagner e outros compositores alemães.
Outra fonte de propaganda
utilizada foram os cartazes utilizados principalmente no espaço urbano. Geralmente apresentavam cores fortes, inclusive o vermelho, com destaque para
o fundo da bandeira do partido.
Os discursos ideológicos também são considerados por propagarem os ideais do Partido Nazista. Eles possuíam um forte
impacto emocional e eram transmitidos pelo rádio para toda a nação. Sob a
camuflagem de sua propaganda – comunidade do povo ou Volksgemeinschaft –,
Hitler e Goebbels, como oradores persuasivos, excitaram as multidões com os
seus discursos ardentes.
A propaganda nazista também preparava o povo para uma guerra, insistindo
em uma perseguição, real ou imaginária, contra as populações étnicas
alemãs que viviam em antigos territórios
germânicos conquistados após a Primeira Guerra Mundial. Estas
propagandas procuravam gerar lealdade política e uma “consciência
racial” entre as populações de etnia alemã que viviam no leste europeu,
em especial Polônia e Tchecoslováquia. Outro objetivo da propaganda
nazista era o de mostrar a uma audiência internacional, em especial as
grandes potências européias, que a Alemanha estava fazendo demandas
justas e compreensíveis sobre suas demandas territoriais.
Cartaz de propaganda nazista adverte os alemães sobre os perigos dos "sub-humanos" do leste europeu. Alemanha, data incerta.
Bibliografia
http://www.ushmm.org/wlc/ptbr/article.php?ModuleId=10005202http://www.infoescola.com/historia/a-propaganda-nazista/
http://nazismo.netsaber.com.br/index.php?c=207
http://www.brasilescola.com/historiag/propagandanazista.htm
http://comunicacaomilitante.blogspot.com.br/2006/05/propaganda-nazista-e-marketing-moderno.html
http://www.fae.br/cur_publicidade/Literaturas/2006/Propaganda Nazista.pdf
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